Os últimos dias têm sido de correria. Com um sábado em que tive actuação de teatro e um domingo passado em mais uma etapa de motocross no troféu MX2, os dias têm teimado em ter muito menos que as habituais 24horas.
Começando então por dar nota do prazer que me deu subir finalmente ao palco no papel de "35 - José" em Coração Lusitano". Há momentos em que o peso da história se torna grande e este foi um deles. Encarar um personagem cuja última vez que subiu ao palco foi à quase meio século traz um peso tão grande quanto o gosto que dá contribuir para este sonho de muitas "almas" marinhenses que é passar o gosto por esta "revista popular" que sempre sobreviveu nesta terra.
A peça levada a cena foi o resultado de quase um ano de trabalho e, pelas minhas contas, muito mais de uma centena de horas de trabalho. Foi cansativo todo este processo... mas... há coisas que dinheiro nenhum do mundo paga e uma delas é aquela alegria que fica no final de uma peça de teatro. Aquele sentimento de "missão cumprida", o leve suspiro de "dei o meu melhor". E mais gratificante se torna no dia seguinte sair à rua e receber os parabéns pela peça levada a cena, em cada pessoa que pisou aquele palco, reflecte o trabalho de um todo onde não há professores nem alunos, há sim um grupo que, melhor ou pior, se auto-corrige, e se auto-constrói.
E porque não podia falar sobre o teatro sem me vir à memória um Sr. que para mim será sempre uma referência desta "revista marinhense", pois aqui deixo um pequeno gesto à memória do "Ti Álvaro do Milómes" que tinha seguramente muito mais que sangue nas veias, tal era o ADN entranhado para estas lides.
E por agora me basto neste relato do meu fim de semana.
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