sábado, 28 de agosto de 2010

Sombra!

Para todos aqueles que têm vista estreita e ouvido surdo! Metal não é "um barulho qualquer", feito por um bandalhos e que não tem nada de música! Aqui fica "Sombra" - o projecto acústico dos Moonspell!

Informação Pública!

Para aqueles que gostam de saber um pouco de certas verbas que são gastas por aí... recomendo a visita a dois sites de acesso livre:


http://www.base.gov.pt/_layouts/ccp/ajustedirecto/search.aspx

e

http://transparencia-pt.org/?search_str=nif%3A506617599


onde fiquei a saber que uma vinda dos Xutos a Esposende se ficou por uns irrisórios €47.000,00, uma do Ricardo Azevedo nos €8.000,00, a que sempre se somarão os €14.500,00 do Camané e os €37.500,00 do Rui Veloso! Em números redondos, em 2009 foram gastos €107.000,00!!! Dava só para ter requalificado o Largo dos Peixinhos no ano passado!!
Além destes números, em nada comparados com o gasto este ano (€19.000,00 do José Cid), note-se que os insignificantes €6.000,00 pagos, também em 2009, pela logística do concerto do Tony Carreira dariam para algo como 160 toneladas de cubo de granito azul "11x11"!

Note-se uma coisa fantástica: os Xutos tocaram em Portimão por €38.000,00!!! Cá "SÓ" foram mais €9.000,00! Pesquisem também pelos NIFs dos adjudicatários!


São só dados! A análise caberá a quem quiser dar lá uma olhada!

um exemplo de coragem!


Conheci o Zé Figueiredo aqui há uns anos atrás num nocturno em Castelo de Neiva organizado pleos cansados. Este ano fomos a Fátima no mesmo grupo e pelo caminho falou-me deste seu desejo. Fiquei boquiaberto! Depois de perceber o "porquê" no texto que o "Zé Que Cai" tem no fórum btt... bem... só posso desejar que nunca lhe faltem as forças porque coragem este homem tem para dar e vender!

Bom Caminho Amigo!


http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/interior.aspx?content_id=1633937


segunda-feira, 23 de agosto de 2010

"Carrega no Botão"

Aqui estou eu de novo!
Não tanto como no passado, é certo, mas com igual vontade! (Ainda ando a tentar juntar as pontas da minha nova rotina laboral, conciliada com a sobrecarga dos ensaios de teatro das novas peças para Setembro... em resumo: não está fácil!)

Hoje, partilho convosco um evento a colocar na agenda: no próximo sábado, o programa "Carrega no Botão" apresentado por Fernando Mendes e José Carlos Malato contará com um representação da freguesia de Marinhas pelo distrito de Braga.

Fomos 5 jovens "altos, belos e bem parecidos" (ou talvez não(ihihi)), tendo como elo de ligação o Centro Social da Juventude Unida de Marinhas e, não podendo adiantar o que lá se passou e irá passar, devo somente dizer que foi uma experiência fantástica e que todo o pessoal da produção do programa mereceu o nosso sincero obrigado pela forma como durante a nossa permanência em Lisboa fomos tratados.

No sábado, estarei de olhos postos no ecrã da RTP para ver o resultado final, pois tal como todos os outros, não temos noção do resultado final, apenas do tempo que nos levou a gravar.

Divertimo-nos e trouxemos na bagagem o orgulho com que carregamos o logotipo da JUM por onde passamos. No sul deixamos o melhor de nós para que saibam que aquela malta "de bem com a vida" é de uma bela localidade no distrito de Braga que dá pelo nome de Marinhas.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

"Pobreza..."


O povo conforma-se e as elites indignam-se!
"Viva as novas oportunidades" grita o tolo nú no meio da praça onde há muito deixou de haver bancos pois os de descanso foram silenciosamente desviados e os de depósito faliram à espera de melhores dias.
O tolo grita a pulmões cheios, como se do grito dependesse o aquecer da alma já que do corpo não sente o frio, pois há muito que a nudez se tornou o melhor agasalho de um estômago moribundo dentro de umas peles de tísico.
E o tolo continua a gritar, ele, que toda a vida foi tolo e assim se conheceu, que nunca foi à escola nem mesmo obrigado, pois tolo que é tolo não precisa de estudar - a mãe natureza ensina a tolaria - e do exemplo dos homens sábios só a "tolaria" lhes conseguiu admirar. Enfim... pobre tolo!
Mas o tolo aprendeu da vida tudo o que a vida lhe quis ensinar, tal qual os pombos que outrora picavam as côdeas de pão que os velhos sentados nos bancos daquele jardim lhe atiravam. Foram-se os bancos, foram-se os velhos, foram-se os pombos. Os pombos, tal como o tolo, nunca foram à escola. Aprenderam com a vida que quando um velho atirava pão para o chão era sinal de banquete! Pombos finórios a quem a falta de escola nunca impingiu a fome! Pobre tolo...
Os tempos mudam... os pombos ficaram sem velhos, os velhos ficaram sem pão e sem bancos... e o tolo, habituado a andar nú e com fome fez-se doutor. Continua tolo, é certo, mas é um tolo doutor... e a modos que... em mais dois ou três sábados... será também engenheiro! Continua com fome é certo... mas deixou de ser um tolo analfabeto, desempregado e faminto! Agora é um tolo socialmente aceite, desempregado, esfomeado, mas... licenciado! Isto, em termos de fome, faz toda a diferença. Porque o tolo pode agora ter um cartão de crédito (os pombos jamais terão um cartão de crédito), o tolo pode ficar a dever e o banco pode ficar com mais um euros de crédito incobrável, isto porque, ao contrário dos pombos, ao tolo ninguém atirará moedas nem pão.
Voltamos ao mesmo... pobre tolo!
Um dia desses, assim pela tardinha... o tolo até pode ter um bom carro e uma grande casa durante 30 dias, altura em que vencerá a primeira prestação e que os enviarão um solicitador lá a casa penhorar tudo aquilo que nem sequer era do tolo... no fundo, o tolo era um tipo feliz, até ao dia em que se tornou um inconformado! O erro do tolo foi deixar de se orgulhar de ser quem era, deixar de ter orgulho naquilo que a vida lhe ensinou, deixar de olhar à volta e perceber que os homens são tal e qual os pombos: valem pelo que são enquanto seres e não pelo título ou pelos bens que ostentam.
O mal do tolo foi, depois de toda uma vida orgulhando-se de ser quem era, meteu na cabeça que seria um tolo tal qual os outros tolos, com a quarta classe à noite, o sexto-ano pela tele-escola, o nono e o 12.º pelas novas oportunidades e a licenciatura nos maiores de 23.
No meio desta triunfal escala o tolo esqueceu um pequeno detalhe: licenciar-se ao domingo! Eis a pena diferença entre continuar a ser tolo... e ser 1.º Ministro.

Um dia destes o tolo sairá à rua e num grito tresloucado proclamará uma ode triunfal aos 35 da democracia, alto e em viva voz, se ao silêncio não o obrigar o roncar do estômago: "O Povo vai nú! Vistam o rei!" E será bela a revolução!!

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Obrigado!!

Circunstâncias diferentes, um mesmo ideal!
Aqui presto a minha homenagem a vivos e falecidos desse grande exército nem sempre honrado pelas "obras valorosas"! Um pequeno gesto de reconhecimento a todos os Bombeiros que de forma desmedida se entregam na defesa dos outros. Obrigado!

domingo, 8 de agosto de 2010

Rescaldos de um tarde de Verão... ou talvez não!

Fruto de um ano que se avizinha sem férias, os fins-de-semana ganharam este ano um sabor especial, aproveitadinhos desde a primeira hora até ao último minuto, sobretudo para me estender ao sol nesta bela terra onde o mar se deita sobre a areia e que dá pelo nome de Esposende.

E, como raramente consigo parar quieto, quem me conhece sabe que o meu conceito de praia é sinónimo de "ondas" e de "mar" - estendido ao sol é mesmo acto exclusivo dos dias sem ondas de jeito. Há nos meus momentos de ondas algo de perfeito, de comunhão plena com a vida, pois é precisamente perante a imensidão do mar que me sinto pequenino, uma pequena gota, e onde sinto a minha vida, toda ela, entregue nas mãos de Deus, num misto de respeito e desafio (é um misto de adrenalina e medo que produz um resultado perfeito).

Ora, como em tudo na vida, nem sempre o plano dá certo, e hoje, apesar de um "plano" ter dado certo, numa tarde de ondas lindas, entubadas, com "power" e transparentes, lembrei-me de uma bela tarde de inverno, aqui há 2 anos atrás, em que o plano quase corria muito mal: depois de duas horas de "pura loucura" com um mar crespado, ao sair, fui enrolado por uma onda que me fez cair com a cabeça entre os godos e que me fez ficar a boiar durante uns longos 30 segundos, perfeitamente consciente, mas sem conseguir mexer os braços e pernas para sair dali. Naquele momento, tentando sentir o corpo para me levantar, já que estava numa zona com não mais que um metro de água, mas sendo sucessivamente enrolado pelas ondas que passavam, tive a noção exacta de que "a brincadeira correu mal"... felizmente, cerca de 30 segundos depois, sem respirar já que estava de cara para baixo, consegui sentir o corpo, ajoelhei-me e saí da água sabe Deus como, apenas com o pescoço em sangue por causa do areão que entretanto tinha entrado na gola do fato de bb.

Perante esse episódio "complicado" da minha vida, jamais passarei indiferente (e já não o passava antes) às dificuldades que têm as pessoas a quem a vida tirou a mobilidade plena - isto porque se no meu caso o único culpado era eu, outros há que não têm culpa nenhuma de ficar limitados a uma cadeira de rodas, a uma cama, ou outra limitação qualquer.

Ora, face a esta dura realidade, não posso calar e consentir com a minha indiferença, que as pessoas com mobilidade condicionada vivam do eterno sentimento de "pena" e de "coitadinho" a que alguns os querem votar. A vida já não é fácil para essas pessoas e a última coisa que precisam é que seja o Estado e os seus representantes a condená-los a viver dependentes da caridade alheia.

Por exemplo, colocando de parte a hipótese de colocação de dois "capangas", "murcões" ou "burros de carga" à porta da Câmara Municipal, há qualquer outra hipótese de uma pessoa de cadeira de rodas entrar nesse edifício? Não será de pensar incluir na requalificação do Largo dos Peixinhos um Jesus Nazareno junto à barca que ora atenda os "paralíticos" ora faça uns milagres e cure o povo? Ou devo antes sugerir a colocação de uma campainha na entrada da CME com a indicação "chamar dois funcionários que gentilmente me carreguem até ao rés-do-chão ou 1.º andar porque sou um coitadinho que precisa da ajuda dos outros para se sentir tratado com igualdade"?

Até quando vamos permanecer indiferentes, sem perceber que as pessoas com mobilidade reduzida só querem ter direito a ser iguais, a terem direito ao seu amor próprio, que só querem de nós um rasgo de bom-senso e não os nossos cobardes sentimentos de "pena"?

É tão fácil ignorar as diferenças quando se olha de cima... e parece que há quem insista em não querer ver, não por cegueira, talvez apenas porque neste caso "o maior coxo é aquele cujo mundo é feito de pequenos horizontes"!

Não me vou alongar... mas cenas destas revoltam-me! Porque hoje podemos estar a pensar nos outros e amanhã a pensar em nós! E quem fala nisto fala na colocação de caixotes de lixo e análogos nas ruas de forma descabida que são verdadeiros atentados à integridade física dos invisuais.

Perante actos destes, digam-me que o Hitler é que era mau quando desejava uma "raça perfeita"!! Seremos nós melhores? O dito extreminava os limitados, nós torturámos essas pessoas com a nossa indiferença e com a nossa "pena"!

Enfim... tenho dito!

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Lição!

Depois de alguns treinos com o Mestre Eduardo Branco, um marinhense que tem lugar na "nata" do Taekwondo mundial, o sábado passado teve um significado especial.

Em dia de exames de kup's, o Mestre Eduardo Branco, terminou com uma mensagem de reparo, motivação e crescimento, para todos os que se encontravam na sala da ARGO, e devo admitir que sendo eu um amante do Taekwondo que igualmente ama o mar, a mensagem final teve muito significado e foi simplesmente "genialmente apanhada".

Dizia o Mestre, de forma muito especial para os mais novos: "Quando vocês para o mar e andam lá a nadar e vos dá uma cãimbra, vocês não desistem e continuam a nadar nem que doa muito, porque senão morrem afogados! Por isso não podem desisitir nunca! Estamos aqui para ser primeiros, não para ser segundos porque o segundo será sempre o primeiro dos últimos, o mais desiludido pois foi o único que esteve perto de ser primeiro"!

Ora, sabendo eu bem o que significa estar no mar e não poder desistir quando lá se está, a mensagem fez todo o sentido. Porque só quem tem motivação para ser primeiro poderá eventualmente ser um segundo de qualidade! Quando as palavras de motivação são correctas, até os pequenos percebem o objectivo, é elementar, nem um miúdo de 11 anos quer ser 2.º se perceber que só depende dele ser o 1.º. Obviamente, não faz parte da filosofia desta arte o "pisar tudo e todos para ser 1.º", ou não fossem princípios "a cortesia, a integridade, a preserverança, o auto-domínio e o espírio indomável".

Em oposição a tudo aquilo que se pode incutir num grupo com um objectivo comum, chegamos ao mundo exterior e deparamos com a nossa Ministra da Educação a viver mais uma "aventura", e a pretender reafirmar a pouca vergonha que vem sendo o nível de exigência implantado neste país com "novas oportunidades", "rvcc's", "maiores de 23" e outras tantas tretas cujo único objectivo e branquear indicadores estatísticos e que em nada enriquecem os seus destinatários.

Não tenho a mania das elites, mas em boa verdade, se em qualquer desporto que se pratique, o atleta de nível olímpico, o que chega ao pódio, o que chega primeiro, é necessariamente o melhor (salvo os casos de uso de substâncias proibidas), porque é que no panorama que qualificações e habilitações a lógica se há-de inverter e o "pódio" ser para qualquer um, mesmo que não vá aos treinos, que nem sequer consiga acabar a "prova" ou que pura e simplesmente não esteja interessado nisso?

Alguém me explica porque é que não se aplica aquele slogan do comité olímpico português que dizia "na vida como no desporto usa a tua energia" e ficamos só pelo "no desporto usa a tua energia e na vida sossega que o governo dá-te um curso"?

Depois vamos de mal a pior, pois está claro que vamos... resta-nos pôr os olhos nos nossos atletas e ver se temos ou não "fibra"!