O título deste breve comentário ocorreu-me da lembrança dessa fabulosa peça de teatro da autoria de Vasco Santana e não podia vir mais a propósito.
Conforme aqui dei nota há uns tempos, no passado fim de semana houve eleições na concelhia do PSD Esposende.
Por motivos mais óbvios para uns e menos óbvios para outros não votei e não votarei enquanto os actos eleitorais não forem disputados por mais que uma lista(assim não dá gozo). Nem sequer me dei ao trabalho de pagar quotas! Talvez um dia destes as pague, sem que tal seja conotado com ânsia de ir votar, isto se antes disso não for "desfiliado administrativamente" por quotas em atraso. Se for, em boa verdade, tanto me faz. É para o lado que durmo melhor! As minhas convicções políticas não se esgotam no cartão, nem mudarão por imposições estatutárias ou de lideranças. Obviamente, se um belo dia a essência do PSD mudar, repensarei as minhas ligações.
O que me intriga, e porque se ouvem muitas coisas nesta alturas em que "lista única" aparenta união... é algo tão simples como: o distinto militante que se desfiliou do PSD no ano passado ainda é ou não militante?
É que "por aí" eu ouvi que ainda o era! Assim sendo... importava que o PSD Esposende tivesse, no mínimo, expressado um voto de confiança! Digo isto porque quando o militante em questão se "desfiliou" (ou pelo menos transmitiu tal desejo ao Partido - independentemente de ter sido ou não aceite na estrutura nacional) a CPS "assobiou para o lado", não tendo manifestado qualquer posição, facto que é de todo inadmissível: 1.º porque se era o interesse de Esposende que estava em causa, a CPS tinha a obrigação de apoiar o autarca (remeteria para a exposição dos motivos para o blog do autor dos mesmos mas encontra-se encerrado); 2.º porque se era o autarca que estava errado importava à CPS indicar também a porta de saída da "casa grande" já que quem ganhou as eleições foi o Partido e não a pessoa!
Na altura, ninguém se pronunciou! A ser verdade que a nacional não terá aceite o pedido, era no mínimo desejável que essa CPS tivesse manifestado o apoio... sob pena de se criar o estatuto do militante fantasma: aquele que não se vendo ensombra por aí! Afinal de contas... será sempre um independente a liderar uma "equipa partidária"!
Facto que me leva a cogitar dois cenários: ou o n.º 1 não quer estar de saída; ou o n.º 2 não está ainda apto à entrada!!
Se eu tivesse "voto na matéria", (e como o disse na altura), teria apoiado a pessoa em causa no interesse de Esposende quer na saída, quer na continuidade. Seria um acto político é certo, um "cartão amarelo" a Lisboa... mas não seria "assobiar para o lado"! Esta política assim morna... não tem piada! Depois está claro, bate tudo no Relvas!