quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Em memória...


O ar exausto do Snoopy deveria ser a única imagem capaz de ocupar a nossa mente!
Substituir esta imagem pela do menino vítima do naufrágio de mais um barco no mediterrâneo é demasiado doloroso, coloca em causa muitas das nossas convicções, das nossas zonas de conforto.
A morte de um ser humano tem sempre algo de penoso associado. Seja à mão de conflitos armados, sejam nos caminhos da fuga. 

Não há soluções milagrosas é certo, mas haverá certamente muito a fazer em prol da solidariedade. Mais que um Fundo Monetário Internacional é necessário um Fundo de Humanidade Internacional.

Mais do que ouvir o alto-comissariado da ONU preocupado em distinguir migrantes de refugiados, eu gostava de ouvi-los preocupados não com conceitos mas sim com pessoas.

Mais do que estar preocupado em saber se uns fogem da morte a tiro e outro da morte à fome, se uns sofrem perseguição e outros tão só querem melhores condições de vida, preocupa-me que por vezes olhemos para esta gente como uma ameaça ao nosso posto de trabalho capaz de justificar a nossa ameaça à vida deles.

Não me sai da cabeça aquela frase da música do Abrunhosa "ninguém sai de onde tem paz"... Creio que resume tudo. Pouco importa se uns querem atravessar o canal da mancha em busca de um emprego melhor e se outros só querem fugir de terroristas ou governos tiranos!

São vidas porra!
Quem somos nós para julgá-los? Para dizer-lhes que aqui não há espaço para eles? Nós, portugueses! Que corremos o mundo a atravessar fronteiras, a trabalhar precário, a procurar um visto para levar a família de seguida. Seremos assim tão diferentes?

E que é feito daquelas alianças poderosas de estados que entraram no Iraque e no Afeganistão para acabar com o "mal do mundo"? Onde andam agora? Quantas refeições dá o preço de um míssil?

O simples facto de esta gente arriscar a única coisa que lhes resta (a vida) para sair das suas terras devia ser algo que nos tocasse mais!

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Uma agradável surpresa.

Foi "finalmente" inaugurado o estádio do Futebol Clube Marinhas.

13 anos passados do início da sua utilização e nunca tendo sido "oficialmente inaugurado", foi agora tempo de tal feito.

Verdadeiramente não sei o que motivou a não inauguração aquando da conclusão da obra nem o que motivou que o fosse agora, a verdade é que o foi no dia de ontem.

E assim sendo cumpriu-se a festa.
Sabia eu de antemão da vontade do nosso Pároco de que o estádio recebesse o naming de Estádio de S. José, pelo que foi com supresa, agradável, diga-se, que vi a atribuição do nome do Pe. Avelino ao estádio.

Aliás, comentava eu no sábado em família que me parecia que deveria ser esse o nome por tudo o que de bom tem feito o visado em prol da generalidade das colectividades da freguesia.

Assim foi intenção da direcção do FCM que merece por isso o meu aplauso.

É certo que haverá sempre a tradicional "meia dúzia" de aziados que farão questão de lembrar que o nosso Pároco, enquanto homem que é, não é também perfeito - como se algum de nós o fosse, tentando com isso justificar a sua discordância com a a opção.

Pela minha parte fico agradado. E fico acima de tudo feliz por ver um gesto deste leva a cabo em vida do homenageado. É tempo de passarmos a dizer às pessoas a estima que temos por elas quando as visadas podem colher essa estima, pois lá diz o ditado que "depois de morrer são todos bons"! Ora, nós temos efectivamente quem em vida seja igualmente bom, com as suas fraquezas é certo, mas que se distingue dos demais como sendo dos melhores de entre os menos maus!

Ausentes da "festa" ficaram os que levaram a cabo a construção do estádio, desde logo  o ex-autarca , elogiado como tendo tido a visão de deslocar o equipamento para tal local - por falta de convite ou por falta de vontade é o que falta apurar!

Para a história fica o registo:



quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

As placas...

Escusado será dizer "não está fácil"!

O tempo não tem abundado e a verdade é que o 7folhas sempre foi um espaço de "divertimento" político... e como esta "cena" anda terrivelmente desinteressante... não há muito para dizer. Vá, podia colocar aqui uma imagem do Sócrates e um enorme "lol"... mas isso seria atirar baldes de água para o mar e assim sendo, "não dá pica"

Apesar do marasmo... creio no entanto que devo dizer algo a respeito das placas, plaquinhas e pla... (marotos) :) que os Sr.s das Estradas andaram por aí a colocar!

Em boa verdade e sendo talvez um optimista dos grandes, o que me apraz dizer é que esses senhores fizeram mais pelas nossas "extintas" freguesias do que a esmagadora maioria dos nossos autarcas.

Apesar de algumas "falhas de medição", a verdade é que as ditas placas de localidade vieram dizer a muitos dos nossos conterrâneos e a outros tantos autarcas que o que foi extinto foram freguesias (enquanto pessoas colectivas) e não as localidades em si.

(Nota: continuo a acreditar que as ditas Uniões de Freguesias carecem em absoluto de enquadramento constitucional (mas isto é só o entendimento de um constitucionalista de paixão, não dos de televisão). Admitir a nova pessoa colectiva "união de freguesias" é admitir a existência das anteriores e a criação de novas entidades agregadoras. O que verificamos hoje em dia é a existência de "alcateias" enquanto conjunto de lobos mas para formarmos as alcateias matamos os lobos?!!? Parece estúpido... se calhar é porque é mesmo!)

Voltando ao assunto: o meu obrigados aos Sr.s das Estradas por assinalarem de forma estrondosa a existência das nossas localidades. Perfeito perfeito era terem ignorado as delimitações "a olho" via google e terem usado as que o povo sabe! Teriam assim evitado colocar "fora de localidade" um dos pontos mais negros da EN13 (junto ao minipreço de Marinhas).


(fotografia retirada da net... já não me lembro de onde, mas se o autor aqui a reclamar eu prometo identificá-lo como dono da dita)