Eu não sou apologista da precariedade nem tão pouco do "canibalismo geracional" - essa nova corrente de pensamento de que é preciso correr com a "geração dos pais" do mercado de trabalho para que haja lugar para a "geração dos filhos".
Na minha humilde visão, o mercado tem lugar para todos, sendo o "todos" entendido como "todos aqueles que querem trabalhar". O mercado de trabalho não pode ser um bonito arbusto em pleno mês de Agosto, para que alguns se deitem à sombra. O mercado de trabalho deve ter lugar para todos, todos os que queiram trabalhar. Se isso custa a muitos que estão habituados ao "rendimento mínimo" (não a "pensão social" mas sim os "serviços mínimos no local de trabalho)? Pois claro que custará. A ideia de um emprego para a vida é maravilhosa. Mas há por aí alguns (sim, alguns, porque não são todos) que não querem um emprego para a vida, querem tão somente uma hipótese de mostrar trabalho. E se não for aquele o "emprego para a vida" tanto melhor, é sinal que mudou para melhor.
Se pescarmos alguma demagogia de esquerda, diremos que qualquer patrão vai optar por mandar para casa os trabalhadores mais velhos para contratar jovens, cheios de genica. Não creio no entanto que seja sempre assim. Basta questionar: quantos serão os patrões que tendo trabalhadores de 50 anos, com conhecimento do ofício, os irão trocar por um jovem de 20 anos só porque tem mais genica? Será que não pondera também que o conhecimento que um já tem da arte vão ser horas perdidas a ensinar outro? E que ponderando tudo não será assim tão rentável?
E para as situações de injustiça... não é um acordo sindical que vai fazer algo mais ou menos justo. Os tribunais ainda funcionam.
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