segunda-feira, 19 de outubro de 2009

"Saramago Manson"

O post de hoje podia muito bem ser sobre a célebre tirada "Falem de mim, nem que seja mal, mas falem" saída de Marilyn Manson, o mítico anti-cristo.

Mas não, hoje é sobre Saramago, um "espanhol" e reputado Prémio-Nobel da Literatura, que insiste em de vez em quando parecer português.

Já eram conhecidos as "divergências" deste famoso ateu, o que não lhe era conhecida era a faceta "ridiculeu".

Que o Marilyn Manson vive da imagem do anti-cristo já todos sabíamos, agora, este "tiro" que não é nada mais que uma bela estratégia de marketing do Sr. Saramago, não contava de todo.

Bem vistas as coisas, Saramago lançar um livro tem impacto. Mas, Saramago lançar um livro e mandar dois ou três "bitaites" à Bíblia, bem isso multiplica por dez o impacto mediático do lançamento do livro.

Começo a duvidar da ascensão dos "bons" quando necessitam de chocar consciências para se promoverem, já que isso é por si um indício de declínio.

Espero para ver...

Obviamente que não irei ler a obra deste Sr., que até pode ser muito boa, mas uma vez que "vai beber à Bíblia", prefiro ler o original e dispensar assim as "interpretações de terceiros estranhos ao serviço".

8 comentários:

  1. Como já alguém disse:

    - Alguém alguma vez ouviu Saramago mostrar arrependimento por, durante o verão quente de 1975, ter saneado mais de uma vintena de jornalistas do Diário de Notícias apenas porque estes não se submetiam à sua disciplina comunista, afastando-os sem qualquer indemnização, apesar de muitos deles trabalharem há largos anos nesse jornal?

    - Alguém alguma vez ouviu Saramago reconhecer a abjecção das suas declarações sobre críticas que os cegos fizeram ao seu filme “Ensaio sobre a Cegueira”, de que “as manifestações de protesto vêm de gente que infelizmente não pôde ver o filme” ou sobre “uma associação de cegos que decide ter uma opinião sobre um filme que não viu”?

    - E que dizer da sugestão de Saramago de Portugal deveria ser “mais uma província de Espanha?”, quando a esta pergunta retorquiu: “Seria isso. Já temos a Andaluzia, a Catalunha, o País Basco, a Galiza, Castilla la Mancha e tínhamos Portugal”

    Estes exemplos elucidam, de forma eloquente, a cegueira de Saramago. A cegueira que faz deste seu novo livro – “Caim” – uma verdadeira auto-biografia. Que ele promove pelo insulto porque, afinal, os comunistas actuam com uma total falta de escrúpulos, em nome de um "escrúpulo mais elevado"...

    ResponderEliminar
  2. Ridiculeu tá mt bom!
    É de facto ridículo que o Saramago apresente estas críticas ao Antigo Testamento como novidade, quando a própria Igreja, e teólogos já no passado escalpelizaram o assunto, sendo hoje pacífico que o AT deve ser lido, não à letra, mas com as devidas adaptações. Querer fazer soar o velho como novo, já tem muita escola.
    Qt ao carácter do Saramago, um comunista que zurze contra o mundo inteiro, mas pagar impostos é que parece mais complicado, diz muito de si.
    Não perco tempo com o Saramago. Pena foi o Durão Barroso ter feito aquela triste cimeira das pazes. É que ainda por cima o Saramago foi mal agradecido! Ridócules

    ResponderEliminar
  3. Os que se indignam pelo que diz Saramago são os mesmos que reclamam liberdade de expressão? São os mesmos que aplaudem Obama, que disse a mesma coisa por outras palavras?
    Deixem-se de falinhas mansas e mesquinhez que isso não leva a lado nenhum. Quem acredita na bíblia e em deus vai continuar acreditar e não são as palavras de um nobel da literatura que o vão demover. Quem não acredita, de certeza que não lhe estão a contar nenhuma novidade.
    As palavras de Saramago incomodam a quem se quer incomodar.

    ResponderEliminar
  4. Eis o eterno dilema antropológico da liberdade adversus libertinagem.

    O Saramago é livre de dizer o que quer, e até era bom que o dissesse em espanhol, já que de português tem pouco um indivíduo que só se lembra do "seu povo" para vir cá em actos de propaganda.

    Quanto a moral para dizer o que quer que seja... bem... isso são outros 500.

    ResponderEliminar
  5. O Saramago só é esperto em viver em Espanha, ao menos por lá dão-lhe o valor que lhe é merecido. Portugal trata muito mal os seus escritores, pintores, músicos etc só se lembra deles quando morrem. Aí choram baba e ranho durante uns dias, mas depois esquece-se tudo.
    Depois vem o patriotismo, "ah esse espanhol que renunciou à pátria"! Cada um escolhe o país em que prefere trabalhar e não é por isso e por dizer algumas verdades (que cada um dá a importância que tem, e pelos vistos tem muita importância) que deixa de ser português

    ResponderEliminar
  6. "não é por dizer algumas verdades"? Que verdades? Aquela meia-dúzia de baboseiras? Porque não disse Saramago a Verdade? A constatação que a Bíblia é um livro de extremos? Que pode ter episódios de certa crueldade mas que tem também histórias de felicidade?

    Regra geral a pobreza de espírito dá nessas coisas, na necessidade de chocar para ser diferente, pensando que o respeito se conquista com o mediatismo. Profundo erro.
    Já vi muitos destes fervorosos ateus que no dia em que lhes deu a primeira dor de barriga correram para Fátima a pedir que Deus os salvasse.

    Quanto ao "O Saramago só é esperto em viver em Espanha"... é célebre o pensamento entre os portugueses, os outros estão sempre melhor que nós.

    ResponderEliminar
  7. Continuo a afirmar que o Saramago é tudo menos burro e isso prova-se pelo "tempo de antena" que lhe estás a dar no teu grande estaminé e que se repercute pela internet em geral. As declarações no entanto não foram proferidas por acaso, foi para publicitar o seu livro. Portanto pobre de espirito e que fez estas declarações para chocar, disso não o podes acusar.
    Quanto á fé, cada um sabe de si. O Santuário de Fátima pode ser um templo da fé cristã, mas há quem mesmo não acreditando no catolicismo romano vá lá porque se sente bem ou porque se quer sentir bem, sem que para isso tenha que professar o culto que por lá se pratica.
    O Saramago viver em Espanha? Por mim podia viver em Bragança, no Laos, em Jakarta ou em Bombaim. Cada cidadão é livre de escolher o país em que quer viver sem que para isso tenha que recusar à sua nacionalidade. Escolheu um país onde sem dúvida é melhor acolhido e acarinhado do que cá! E por lá as suas declarações não moveram tantas ondas.
    Mentalidades.

    ResponderEliminar
  8. "Continuo a afirmar que o Saramago é tudo menos burro e isso prova-se pelo "tempo de antena" que lhe estás a dar no teu grande estaminé" - Não estarás confundido? ou desnorteado? É que eu cá limitei-me a escrever um único posto sobre o assunto, post esse que só não caiu no esquecimento dos "8dias depois" porque tu próprio já comentaste 3 vezes. Sou eu que estou a dar tempo de antena exagerado?

    Não deixo no entanto de notar que afinal de contas és um defensor acérrimo da liberdade de expressão do Saramago mas já eu não serei tão livre assim de dizer o que penso, já que a tua indignação é tão grande.

    ResponderEliminar

Obrigado pelo seu comentário!