Depois de ontem, se dúvidas houvessem, impõe-se aos nossos olhos a terrível evidência: vivemos mergulhados no medo do regime.
A entrevista do nosso primeiro a na RTP1 colocou ás claras um Primeiro Ministro com tanto de agastado como de cínico.
Correndo o risco de um dia destes ver o 7folhas atingir o reconhecimento público de um ano e meio a falar verdade, com o prémio vulgarmente conhecido de "queixa apresentada pelo Eng. Sócrates contra quem fala verdade", importa hoje dizer mais qualquer coisa.
Ontem, quem teve tempo, paciência, ou pura e simplesmente pachôrra, pôde ver e o ouvir as palavras do nosso Primeiro, nuns 5 minutos iniciais de discurso eloquente de pura propaganda do regime, que mais pareciam uns 5 minutos "orgâsmicos" de um qualquer exibicionista numa pura masturbação mental em praça pública. Foi lindo de ver, qual pavão de penas abertas, cada uma com sua cor. E foi vê-lo e ouvi-lo falar em aumentos de pensões, em subsídio-fidelizados, em parasitas sociais, como se o discurso girasse numa ideia: o PS deu esmolas ao país.
Ora a dura realidade impõe-se: Portugal não precisa de esmolas, precisa sim de políticas credíveis, diria mesmo, neste momento Portugal precisa de POLÍTICOS CREDÍVEIS.
Diz o nosso Primeiro que não tem jeito para se fazer de vítima! É sempre uma expressão pomposa e que demonstra coragem e força anímica. Contudo, insiste na ideia de que há mais uma campanha negra contra a sua figura. Foi a campanha negra "Freeport" em 2005, a campanha "Licenciatura Manhosa", a campanha "De Onde Lhe Vem o Dinheiro", a campanha "ZPE - Freeport 2008/2009", a campanha "Quem Não Tem Pais Ricos vai ao... Tio do Zézito"...
Enfim... diga-se em prol do empreendedorismo nacional que vou criar uma empresa de Comunicação Social com o nome "Campanha Negra - Produções Ilimitadas (ou limitadas ao Zé)"...
Voltando à entrevista de ontem, foi de uma brutalidade enorme assistir ao momento em que o nosso Primeiro com o maior ar de ...(perdoem-me...pensem no pior insulto que lhes vier à mente)... se dirige a Judite de Sousa com uma expressão algo do tipo "a Judite estava à espera das minhas palavras para falar no DVD, podia tê-lo feito logo"... não sei precisar as palavras mas foi esse o sentido e com um sorriso irónico como se estivesse a dar lições de moral e bons costumes a alguém.
Ora, quem viu e ouviu ontem a segunda meia hora da entrevista viu um José a relatar o historial do caso Freeport, mas viu também um sujeito a fugir incessantemente à prova mais que evidente no meio disto tudo - o DVD. Em momento algum tivemos uma resposta clara, tivemos sim fugas, escapes e manobras de diversão.
O país, este Portugal, precisa de respostas.
Os jornalistas, essa "raça" que muitas vezes nos enoja, sempre sem que tomemos o todo pela parte, não devem ser obrigados a pactos de silêncio com o regime. Se falam verdade, deixem-os falar.
O nosso Primeiro que feito "barata-tonta" anda aí a instaurar queixas e acções contra tudo e todos que opinem contra o regime, que se livre de por caminho algum vir a ser acusado e condenado, pois se na mais remota hipótese isso vier a acontecer, espero ver esses jornalistas que vêm o seu trabalho limitado hoje, exigirem avultadas indemnizações pelas ofensas aos seus bons nomes.
Para além do óbvio não haverá muito a suspeitar.
(Sr. Primeiro, apesar de tudo o que não escrevo neste blog eu penso mesmo algo de muito mau a seu respeito! Vai processar-me por pensamentos contra o "regime"?! Vá lá! É o meu sonho, ter um processo em que o Sr. diga "Eu não sou vítima, mas ele pensou mal de mim!")
No fundo, o sentimento nacional é claro: Acreditamos na presunção de inocência quando não aplicada a desempregados, idosos, jovens em risco, crianças abandonadas, alcoólicos, toxicodependentes... entre outros...
Em suma: O eng. não tem jeito para vítima, tem é mesmo ar de coitadinho! ... Coitado... cada um é como é e ninguém deve troçar das limitações dos outros.
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