(foto em http://www.trekearth.com/gallery/South_America/Brazil/photo116854.htm).O tempo passa, as temáticas vão e voltam, mas desde o caso Gisberta que não se falava tanto em travestis em Portugal.
Muita tinta tem corrido sobre a entrevista do Sr. José ao canal público RTP1 e muito mais se tem falado do "jornal de sexta" da Tvi, de Manuela Moura Guedes (essa que eu não suporto) e da infeliz tirada do nosso primeiro acusado o noticiário de "travestido"!
Ora, se o "travestido" era elogioso então muito bem e julgo que a Tvi até agradece a publicidade(acredito mesmo que as audiências na passada sexta dispararam), por outro lado, se é insultuoso, então é tempo de os travestis nacionais manifestarem o seu desagrado e vindo de um Sr. tão opologista de uniões homossexuais não se compreende o manifesto insulto aos travestis. Onde pára então a tão apregoada igualdade e não discriminação? Se é gay é protegido, se é travesti é condenado? Sr. José, nesta óptica qual será a sua opinião sobre o animalesco crime no caso Gisberta?
Voltando à essência: o travestido!
35 anos depois da tão badalada REVOLUÇÃO DOS CRAVOS, Portugal depara-se com uma terrível evidência: o cravo travestiu-se e é agora uma rosa!
O cravo que era a imagem da liberdade, símbolo de uma revolução "sem sangue" (outra coisa não seria de esperar neste país de brandos costumes) deu lugar a uma rosa que, ao invés do desejado, não exala perfume - antes um odor fétido de democracia apodrecida, que ganhou espinhos e que é o símbolo do "Partido do Regime".
O cravo da liberdade é agora uma rosa, fiel reflexo de um regime com espinhos e onde a liberdade caminha amordaçada.
Somos todos livres de falar bem do regime, de bem-dizer o nome do Zé e do Magalhães, de guardar feriado nos dias do Congresso do PS. Existem pecados "capitais" como: licenciatura, engenharia, freeport, independente, tvi, capazes de levar à excomunhão ou bem ainda à instauração de Processos Inquisitórios Charrua.
A juntar à festa temos uma geração de "guerreiros de Abril" que instauraram a "liberdade" não para governarem o povo mas sim para se "governarem". Ora, em face disto: quem quer saber de "Abril"? Antes "mamava" um! Agora "mamam" muitos mais!
Em suma: O cravo é travesti e a liberdade... terá que voltar a ser conquistada.
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