O último fim de semana foi mais um em jeito de grande prémio de turismo ou algo parecido. De um lado, Audi, VW, BMW... de outro Renault, Citroên... e perdidos pelo meio, uns Fiat e Lancia... a um canto, encostadinho, um UMM lusitano a ver a corrida! Como quem diz... França e Alemanha na busca solitária de uma solução para a zona Euro, que em meu modesto entender será apenas um adiadar de um inevitável fim, pelo menos o fim da união tal qual aprendemos a vê-la.
O problema da Europa, de modo particular da zona euro, é que durante anos foi concebida como uns estados unidos pequeninos... uma "nano-mini-micro potência", mas a evolução natural do modelo europeu esbarrou nas fronteiras, na língua e no elemento histórico! Foram preciso séculos para separar isto tudo em pedacinhos... e julgávamos nós agora, em "15 dias" criar aqui alguma união?
Durante anos, vendeu-se a ilusão de que este espaço comum, a abolição de fronteiras e a livre circulação de pessoas e bens iria criar um "supra-estado"... mas a realidade era bem diferente: os estados, em vez de se ajudarem, minavam a economia uns dos outros! Eram chamados "à pedra" por auxílios camuflados às suas economias para aniquilarem as dos vizinhos... no fundo, isto é uma real palhaçada! Abriram-se as fronteiras não para sairmos daqui mas sim para sermos abastecidos do que se vende lá de fora.
E nenhum Estado, por mais pequeno que seja, está disposto a admitir ingerências na sua ordem constitucional.
Em suma: anda cada um a "puxar a brasa à sua sardinha"! Porquê? Acima de tudo, porque não houve a coragem de assumir a criação de um Governo Europeu com poder sobre o todo da comunidade. Assim, é um tapa buracos daqui e destapa dali.
E a bem ou a mal de Portugal, a zona euro só sobreviverá se os países que violarem as linhas orientadoras forem convidados a sair. De outro modo, dentro dos 27, haverá sempre um a ser governado por um qualquer trampolineiro, que porá em crise todos os outros.
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