Por estes dias que tanto se fala de cortes, contenção e despedimentos, atrevo-me a falar da necessidade de contratações de pessoal para "assessoria de imprensa - vertente redes sociais"na casa grande da República, também conhecida por Assembleia da República.
De há uns tempos a esta parte, instalou-se uma tremenda necessidade de alguns responsáveis pelos destinos desta nação se fazerem próximos através das ditas redes sociais. O contacto pessoal deixou de ser privilegiado sendo substituído pelo "arrebanhamento" de "friends & followers".
Em todo o caso, até aqui, estou como o outro: que façam o que quiserem. Eu, sobre o assunto, devo dizer que as apps do twitter e do facebook no meu iphone são usadas para fazer uma espécie de revista de imprensa: há sempre alguém que partilha umas notícias úteis.
No meio disto tudo, o que me causa certa confusão, é passar os olhos pelo mural e ver que uma grande parte dos senhores deputados da casa grande, passam as horas em que se encontram na AR, a tuitarem sobre as palavras do deputado do lado... em live-stream!!! Não seria melhor contratar um tuitador para cada grupo parlamentar (só para manter os comentários com o tom partidário) e dispensarmos os tuitadores e "facebookers" pagos como deputados, ou pelo menos... pedir-lhes com jeitinho para que estivessem atentos àquilo para que estão a ser pagos? Será pedir muito? Ou será que há funcionários públicos e privados que têm limitações de rede, por vezes atrasando a sua produtividade, tudo porque alguém entende que esses funcionários se podem distrair durante o horário de trabalho... e no local onde supostamente o "exemplo devia vir de cima" assistimos a este triste exemplo??
Será que apesar da crise em Portugal podemos dar-nos ao luxo de pagar tuitadores a peso de ouro?
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