Depois da desfiliação do Sr. João Cepa do PSD tenho seguido com alguma curiosidade o blog pessoal do nosso autarca.
Nos últimos dias há dois temas de interesse: o repúdio perante a porcaria que faz o PCP e a crítica aberta ao Governo.
Quanto à primeira estou plenamente de acordo e não percebo como o PCP insiste neste tipo de campanhas porcas. E digo porca sem qualquer desconsideração pelos suínos.
É descabida a contínua colagem de cartazes no mobiliário urbano. Mobiliário esse que o PCP não vem limpar depois da passagem dos eventos.
Longa vai a "guerrilha" entre PCP e CME, creio no entanto que se quanto às placas que são removidas pode ser discutível a actuação da CME, quanto à porcaria colada pelas ruas não assiste razão ao PCP.
E neste âmbito sinto-me confortável para falar pois também já afixei propaganda política em Esposende (não que isso traga mais ou menos votos - como provam os resultados do PCP) sendo que sempre tive em conta dois princípios: não "contaminam" o centro de Esposende já que é o nosso cartão de visitas para o turismo; e não colocar nada que não pudesse ser removido sem deixar marcas.
A limpeza do lixo do PCP sai-nos do bolso a todos, por isso, estranho que o PCP leia selectivamente o texto constitucional, só na parte dos direitos à propaganda política, ignorando todos os direitos dos que os rodeiam. Depois os resultados eleitorais são expressivos! O povo não gosta da "poluição visual" e só o PCP é que ainda não percebeu isso.
Quanto á segunda e enquanto militante do PSD, livre e democrata, causa-me "espécie" ver um autarca que lidera uma equipa social democrata, criticar compulsivamente o partido pelo qual foi eleito juntamente com os que o acompanham, sem que o partido local diga nada. É que ficou por ouvir o apoio à tomada de posição, a solidariedade com a mesma, a crítica ou a tolerância. É estranho! Mas eu percebo pouco da coisa.
Eu ainda sou do tempo em que a gente defendia o partido dos ataques externos. Devo estar a ficar velho...
E não me venham dizer que as medidas deste Governo são indefensáveis porque não o são. Estamos todos a chegar ao limite, é certo! Mas se o país entrar em "banca rota" não vamos ficar melhores por arte divina. A saída ou é por aqui ou não há saída. Se gosto? Não! Se critico? Pois claro que sim, naquilo que é criticável. Se compreendo? Pois claro que compreendo muitas delas - um país que pede emprestados 81 mil milhões de euros não pode assobiar para o lado como se estivesse tudo bem.
Como chegamos a essa dívida astronómica? Não me perguntem! Nem me culpem. Cá em casa ninguém recebe "do patrão grande", ninguém tem ADSE, ninguém cumula funções e cargos principescamente pagos, as viaturas são da casa, os motoristas são os da casa e também não temos cartões com plafond para despesas nem telemóvel pago pelo OE. Aqui a gestão é toda feita com o OC - Orçamento da Casa!