Ele há coisas do arco da velha.
Decalcando o raciocínio do Governador do Banco de Portugal no que a transparência nas transacções dos Bancos lusos diz respeito chegamos à República Portuguesa das Bananas.
Partindo do pressuposto que a fiscalização exercida pelo Banco de Portugal sobre as entidades financeiras se resume a um mero "nós acreditamos naquilo que os Bancos nos enviam" a coisa fica interessante.
Já pensaram se a PJ deixar de proceder a investigações e detenções só porque se limita a perguntar aos meliantes "o Sr. fez asneiras?" e estes responderem "eu? nem pensar!!" ??? Isto ficaria giro, não?
Chegamos à terrível conclusão que o país vive com dois pesos e duas medidas, a honestidade social mede-se em moeda com curso legal. Se falamos de milhões vigora o princípio da boa-fé nas declarações do investigado, se falamos de tostões investigamos o "coitado" até à ínfima partícula de pó que traga na sola do sapato e que porventura possa ser adquirido em terreno alheio.
Ora, este pequeno exercício mental, de extrema simplicidade, seria de todo um devaneio bloguístico não fosse ele um pequeno retrato do país que temos. Um país que funciona com base em critérios económicos jamais será justo e transparente e é aqui que começam todos os outros males: "magia negra fiscal", corrupção, favorecimentos, compadrio...
Depois acontecem coisas estranhas... pois não.... parece valer tudo para chegar ao lado dos que possuem a dita "Boa-Fé"....
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