segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Quem quer ser fantoche?

O título do post de hoje bem podia ser o "vamos ao circo" ou "chegaram os fantoches", em vez disso optei por um "quem quer ser fantoche".

A que propósito?
Bem, comecemos do início.
O Professor Marcelo do "Contra-Informação" já era conhecido por ser uma marioneta, agora daí a quererem fazer do verdadeiro Professor uma marioneta vai uma grande diferença.

E aqui expresso o meu repúdio por uma boa dúzia de apaniguados que insistem em puxar fios para moverem o Professor rumo à liderança, e isto porque sendo esses arautos da integridade a proporem nomes "de futuro" já não há qualquer falta de solidariedade para com a líder do PSD em exercício.
O "partido das setas" é hoje um verdadeiro "partido das catanas", é vergonhoso que o "modelo de líder" defendido pelos "arautos" seja um líder oriundo do conclave, não um líder que ganhe em urnas, democraticamente eleito e com um programa defendido.

E outra questão se põe: alguém acredita que esse imaculados estão preocupados com a unidade do "partido das catanas"? Não!! Obviamente, os imaculados querem do Professor uma liderança a prazo, um liderança "mais do mesmo" que aguente o partido nos próximos dois anitos, para depois se "afiambrarem" à liderança sem qualquer oposição.

Em todo o caso convém não perder de vista alguns factores:
- um líder deve querer ser líder;
- um líder deve manifestar a sua motivação sem necessidade de vagas de fundo;
- as vagas de fundo nascem da necessidade que alguns têm de "aparecer" mas sem serem chefes-de-fila para não correrem o risco de se desgastarem;
- a qualidade da democracia reforça-se com o debate de projectos e ideias;
- as listas únicas oriundas do "conclave" só servem para esvaziar o debate e como tal ignoram a democracia;
- um líder que acredita ter estofo para líder não deve esperar para ser líder apenas meio ano antes das eleições - quem não tem fôlego para correr uma "maratona" na oposição jamais terá para correr o "iron man" no poder;
- a idade não é de per se um factor relevante, ainda assim ninguém compra iogurtes fora de validade "só porque ainda não estão empolados";
- renovação nunca pode significar "repescar" o que já tivemos - a isso chama-se "segunda oportunidade" e regra geral quem não é capaz à primeira também não vai lá à segunda. Além disso as segundas oportunidades fazem-nos mais fracos. Porquê? Porque quando temos a noção que podemos repetir algo não pomos tudo de nós na primeira vez.
- (este é muito particular... mas... tirar leituras de resultados das europeias para escolher um líder... bem... com muito respeito pelo Professor Vital Moreira, para lhe ganhar as eleições o PSD até podia ter concorrido com o TOY a cabeça de lista!!)

Isto para dizer:
- que não me revejo numa solução Professor Marcelo;
- que o Professor merecia mais respeito da parte dos imaculados;
- que os imaculados criticam Pedro Passos Coelho mas no fundo são piores que este, já que fazem ruído mas não assumem candidaturas;
- que a Dra. Ferreira Leite no seu próprio interesse devia dar um murro na mesa e expulsar das suas saias, qual "vendilhões do templo", os imaculados;

Continuarei atento à novela Marcelo.

6 comentários:

  1. Pessoalmente, acho o Marcelo Rebelo de Sousa o melhor candidato a líder do PSD. Não me parece que seja mais do mesmo ou repescagem. O Professor de hoje é muito diferente daquele que foi líder em 1996. Quer se queira quer não, os anos de comentário político na TVI, com os mais altos shares de audiência de sempre, deram-lhe uma notoriedade e respeito, que consegue chegar a casa da doméstica da província até ao economista de Oeiras. Quem mais no PSD consegue ter essa influência? Rui Rio talvez, mas esse é para daqui a 4 anos. Paulo Rangel também é 1 boa promessa.
    É redutor achar-se que ele ganhou só porque do outro lado estava o Vital Moreira. Paulo Rangel foi 1 óptima surpresa nas campanhas de rua, confirmou os extraordinários dotes de tribuno político, primeiro no parlamento, e depois nos debates políticos. E, por último, tem carácter. Diz o que pensa, e nao entra em golpes baixos. À pergunta do que achava de Passos Coelho foi muito claro "tem um pensamento político pouco sólido; e é uma pessoa que os 2 últimos anos só soube fazer promoção da sua pessoa e falar mal". Acho muito acertada esta análise. Passos Coelho não é o líder indicado para o PSD.
    Neste momento, à pergunta, quem seria capaz de fazer o PS suar numa campanha eleitoral? Por mais voltas que dê ao travesseiro só encontro o nome do Marcelo Rebelo de Sousa.
    Infelizmente o historial de eleições dele pouco bem sucedido causou-lhe uma espécie de bloqueio, que impede que se candidate na hora certa, no momento certo.
    Mas pode ser que Cristo desça de novo à terra...

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  2. Caro FM,
    todos sabemos o rasto que deixou a saída do Comentador da Tvi! Pensou ele no PSD? Não creio!

    Rui Rio para daqui a 4 anos! Nem mais! E até lá?
    Paulo Rangel não ganhou "só" porque do outro lado estava Vital Moreira, mas ganhou como ganhou por isso mesmo, de outro modo a coisa não teria sido tão dilatada.
    Passos Coelho andou 2 anos onde?? E onde andaram Ferreira Leite, Rui Rio, Marcelo & friends quando Pedro Santana Lopes e Luís Filipe Menezes precisavam de um partido unido?

    O Professor sabe tão bem quanto nós que se arriscar ser líder do PSD pode hipotecar a sua candidatura à Presidência da República, por isso, que desça o Cristo!! Se bem... que no actual estado das coisas, se Cristo ponderar descer à terra aparecerá logo uma vaga de fundo!

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  3. Concordo contigo. A falta de solidariedade dos barões às últimas lideranças do Partido não ajudou nada, pelo contrário.

    Agora grave por grave, acho que foi mt mais prejudicial o artigo do Cavaco Silva sobre a má moeda, do que as fitas do Marcelo qd saiu na TVI. Isso, mais o ultimato de tirarem a fotografia dele dos cartazes, é q deixou verdadeiramente de rastos. E não foi por isso que em 2005 o Partido deixou de estar todo em uníssono a apoiar a sua candidatura à Presidência. Como o fará em 2010, mesmo depois de nestas legislativas ele ter voltado a ser mauzinho pró Partido.

    Qt ao Paulo Rangel João, todos sabemos que tanto o PSD como o PS podiam mt bem ter indicado candidatos mais fortes, mas foram aqueles que foram à luta, e nisso o Rangel foi irrepreensível. Até pq tb tinha o Nuno Melo e o Miguel Portas contra ele, políticos que não são propriamente amadores. Por isso acho q a sua vitória tem mt e indiscutível mérito. E pequeno grande pormenor, foi a primeira vitória nacional do PSD nos últimos 5 anos. Nisso tb ele foi responsável.

    Qt às aspirações do Marcelo, cm digo, acho que a verdadeira e grande oportunidade dele é agora, mas o tacticismo tá a falar mais alto, e mt provavelmente ele vai voltar a falhar por falta de comparência. O que é pena.

    Mal por mal, à falta de melhor (que não é o Passos Coelho seguramente) prefiro a solução Ferreira Leite. A equipa de deputados foi escolhida por ela, maneira que é aguentar o barco mais 2, 3 anos e depois, hipoteticamente, passar o leme pró Rui Rio. Em Portugal é que se tem a mania de correr com os líderes depois de uma derrota. O PP em Espanha há quanto tempo tem o Mariano Rajoy como líder? E o Partido Conservador inglês, com o David Cameron?

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  4. O Prof. Cavaco gere muito bem o timming... o seu próprio timming.
    Se Pedro Santana Lopes tivesse sido 1.º Ministro, estaria bem mais difícil a eleição de Cavaco Silva.

    O grande mal do PSD é que esqueceu-se em 2005 que havia eleições em 2009. Os varões e varonetas começaram a preparar pré-candidaturas para 2013 e esqueceram-se que o desgaste do Eng. Sócrates teria muito bem permitido que o PSD voltasse a ser poder em 2009. Assim não o quiseram.

    E continuamos à procura de líder sendo que neste momento o que mais me preocupa é o facto de podermos vir a ser poder não por mérito mas apenas pelo ciclo da alternância governativa.
    É certo que o PSD tem fama de sempre se ter unido quando governava Portugal, mas o Santana Lopes não é do PSD ou então esse facto de união não passa de fama já que se Santana perdeu as legislativas foi sobretudo por falta de solidariedade interna.

    Tenho ainda dúvidas quanto à solução Rui Rio. É que se Passos Coelho corre sozinho como chefe de fila de um lado, do outro lado atropelam-se o "possíveis" para 2013 - é Rui Rio, é Rangel, é Marcelo, Alexandre Relvas... como se costuma dizer "são mais que as mães"! Falta saber quem vai ser o Primeiro pois a partir daí saber-se-ía quem iriam ser os ministros.

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  5. Eu diria que a nomeação do Santana para PM foi um péssimo exemplo de como é que as coisas não se devem fazer! O PSD falhou no modo como geriu o processo da saída do DB, e falhou depois ao deixar o Santana afundar-se. Saíram todos mal da fotografia.

    Quanto às imensas mães, eu diria que é um (bom) sinal de vitalidade do Partido, em ter vários potenciais candidatos, e alguns deles bons nomes. Isso já não se vislumbra no PS.

    Ainda que eu não aprecie o Passos Coelho, acho bem que ele tenha marcado a sua posição, e obrigue agora as outras tendências a vir a terreiro. Porque já chega de candidatos de bancada.

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  6. Que é bom não haveria dúvida. O grande problema é que história já mostrou que sempre que um bom n.º 1 fica relegado para n.º 2 fica na expectativa de lá chegar. MFL é uma prova disso aquando da saída de DB.

    Quanto a ficarem mal na fotografia, concordo. Ficaram todos.
    Quer se simpatize ou não com Passos Coelho a verdade é que MFL deu-lhe mais palco ao afastá-lo do que se o tem convidado a integral uma lista de deputados. É certo que MFL fez contas de cabeça e percebeu que se a coisa corresse mal (como correu) Passos Coelho poderia ser um forte candidato a líder e teria lugar no Parlamento. Assim, relegou-o para o caminho mais difícil mas mesmo que PPC nunca atinja a liderança (e eu acredito que se PPC tem ganho o partido nas últimas o PSD era hoje um partido unido, coisa que agora não me parece que consiga na plenitude) já tem uma coisa que ninguém lhe tira: a resistência. Durante estes meses PPC traçou um rumo próprio sendo o alvo de todos os "candidatáveis" em vez de estar escondido à espera de 15 dias antes das eleições surgir luminoso qual candidatura messiânica que alguns esperam.

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