A prova? O Sol apresenta mais uma aqui
O que mais me chateia no meio disto tudo é que o pobre do arrumador ali da rua se for apanhado com meia dúzia de gramas de "branquinha" que compra com "desconto de quantidade" para consumo no dia em que recebe a reforma é constituído arguido, presente a juiz e com sorte e um procurador compreensivo não é condenado por tráfico, mas só com sorte e não deixa de ter sido arguido e e presente a juiz.
Dizem alguns que constituir um 1.º Ministro como arguido exige outra ponderação. Ora bolas!
O Primeiro Ministro não é mais digno enquanto pessoa humana que o meu amigo arrumador de carros, pessoa bem educada, simpática e que até é bem melhor do que aquilo que eu seria com a história de vida dele.
Além disso, se todos somos iguais perante a lei, e se a constituição de arguido é um direito para o cidadão, porque raio é que o 1.º Ministro não é constituído arguido já que as novelas se sucedem? Por causa do estigma? De que na prática a constituição como arguido comporta um estigma de condenação na praça?
Então com que cara é que eu digo a um arguido que defenda "a constituição de arguido é um direito que lhe assiste", "é uma figura criada pelo legislador para lhe proporcionar mais direitos de defesa"? Corro o risco de ouvir um "ó sôtôr, se isso dá tantos direitos então seja você arguido ou meta esses direitos pelo ----! Se isso fosse para ajudar o Sócras já era arguido"!
Ou seja, para os pobres (e embora isto seja o discurso da cartilha comuna, tem que ser dito assim) a constituição como arguido é um direito... mas para os ricos é uma fo** que não calha lá muito bem no palmarés!
E como é de prever que este seja mais um episódio das "histórias do Zézinho", é caso para dizer "sócrates soma e segue"!
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