terça-feira, 27 de maio de 2008

muitos cincos ou poucos dez?

Desde miúdo que oiço cá pela boca das minhas gentes um dito "antes muitos cincos que poucos dez", penso que será uma metáfora repudiando a avareza! Ora... nos últimos dias acumulam-se as formas de protesto contra os sucessivos aumentos dos combustíveis, nessa decorrência Pedro Passos Coelho (candidato à liderança do Partido Social Democrata) sugeriu ao Governo da Nação que baixasse o Imposto sobre produtos petrolíferos, de modo a permitir a sobrevivência dos portugueses. Talvez seja uma lógica de "muitos cincos em vez de poucos dez". Não será preciso ser economista para perceber a lógica... o combustível baixa, as pessoas sobrevivem, a economia vive.
Compreendendo ao impacto de uma redução do imposto nos cofres do Estado, não posso deixar de relembrar algo que o meu ilustre Professor de Direito Fiscal me ensinou um dia acerca de "impostos que extinguiam a procura do produto". Ora, aqui não se trata de um imposto que extingue pois a economia continua desesperadamente dependente do petróleo, contudo, reduz a utilização a níveis preocupantes. É uma espécie de "petro-dependência" sem metadona que o valha!

Claro está!! Virão já uma série de pseudo-ecologistas, de ministros até preocupados com as questões ambientais falar de que a redução dos gasto de lazer diminuem a poluição... contudo... eu lembro!!! Se toda a gente se preocupa com o ambiente, e o GPL é de momento o menos poluente de entre os combustíveis derivados de petróleo, porque não "obriga" o Governo a que os postos de abastecimento adiram ao fornecimento de tal combustível??? É que, contas feitas à vida, o português até pode querer aderir ao GPL, mas... os custos de instalação e a gincana mental para passar a viver na angústia de saber onde ficam os postos com GPL nas imediações das suas viagens complicam as coisas...

Lamentável, o nosso Primeiro repudiar as palavras de Passos Coelho e em seguida apregoar que "pediu a Bruxelas uma solução"!!

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